Hiperorganismos. Arte, tecnologia, coerência, conectividade e o campo integrativo – Carlos Augusto Moreira da Nóbrega

Este livro é uma intervenção teórica e prática no campo da arte e da tecnologia. Ele procede do reexame de quatro domínios específicos que nos últimos 60 anos informaram consideravelmente a invenção de novas formas estéticas. São estes: arte, ciência, natureza e tecnologia. Identifica- mos que cada um desses domínios – e a forma como informam uns aos outros – reflete a influência de uma tradição analítica ocidental baseada em fragmentação, dicotomias e dualidades. Em consequência disso, a arte das últimas décadas tem sofrido com um tipo de pensamento mecanicista que resulta de um modelo estético predominantemente desgastado, fundado em dualidades como: objeto/processo, forma/comportamento, significado/informação.

A questão central que o presente estudo aborda é: como superar essa herança predominantemente reducionista e desenvolver um modelo estético capaz de interligar, de forma integrativa, esses díspares domínios, respectivos discursos e práticas? A resposta a essa pergunta, desenvolvida ao longo deste livro, é um princípio estético construído sobre as noções de ressonância, coerência e modelos de campo, enraizado em uma visão integrativa dos organismos vivos, baseada na teoria dos biofótons. Isso constitui a principal contribuição deste estudo para um novo conhecimento.

A abordagem teórica desta pesquisa é desenvolvida a partir da revisão do conceito de forma, apoiada em uma análise da Gestalt fornecida por Rudolf Arnheim, e envolveu a consideração das ideias de Gilbert Simondon (o conceito de “concretização”) e Vilém Flusser (o conceito de “aparelho”), a fim de obter uma visão mais profunda da natureza da tecnologia.

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