A Dialética do gosto: Informação, música e política – Marco Schneider
Seu argumento central é “se o gosto é expressão e medida do valor de uso dos bens, materiais e simbólicos, e ao mesmo tempo o substrato sensível das ideologias, e se a informação – em especial a midiatizada – é o principal agente responsável pela formação dos gostos nas sociedades contemporâneas, logo a informação midiatizada possui uma dimensão estética e ético-política mais profunda do que até então se pensava, dado que atuaria não somente na urdidura das noções e valores que orientam a prática dos sujeitos, como é sabido, mas igualmente na composição e regência das simpatias e antipatias, afetos e desafetos, fascínios, aversões e indiferenças, dos gostos, enfim, subjacentes a essas noções, valores e práticas, e por isso talvez esteja aí o seu papel politicamente decisivo”, destacou Schneider.
De acordo com um dos maiores pesquisadores da área de Ciência da Informação, Rafael Capurro, que assina o prólogo da obra, “cuando hablemos y pensemos en el futuro sobre gustos y culturas en la era digital no podremos pasar por alto este libro que está emparentado con lo que yo llamo ética intercultural de la información”.
Para o pesquisador Muniz Sodré, que assina a orelha da obra, “o gosto massivo de agora é imposto pela teodiceia do mercado com o peso inexorável das mídias. Daí o imperativo de avaliarmos a extensão e o alcance dessa suposta liberdade de escolha dos gostos que a comunicação e a informação disponibilizam a título de uma democracia dos apetites e das emoções. Esta é a tarefa teórica de Marco Schneider neste valioso trabalho”.
“Acho que o livro é a melhor coisa que eu li em dez anos, em termos de teoria da comunicação! […] É um salutar exercício de ‘plumpes denken’ brechtiano. […] Simplesmente dá uma aula de Marx (sobretudo, O Capital)!”, destacou o professor de Comunicação da UFRJ e professor do PPGCI (IBICT/UFRJ), Ivan Capeller.
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