Música Chama – Pedro Sá Moraes e Eduardo Guerreiro B. Losso
A cri?tica e a criac?a?o na mu?sica popular brasileira contempora?nea vivem um impasse. Anos de relativismo culturalista ofuscaram experimentac?o?es este?ticas mais vigorosas e inventivas. Por outro lado, tentativas de retomada dos gostos culturais da pequena burguesia como para?metro cri?tico te?m se mostrado tanto conservadoras numa dimensa?o social quanto redutoras e superficiais no a?mbito da este?tica. Ambos na?o conseguem conviver com uma arte que instaura negatividades inconcilia?veis e interrompe a cultura, inclusive a do “bom gosto” pequeno-burgue?s.
E e? justamente esta a arte que interessa ao Coletivo Chama. Eles ve?m criando fuso?es instigantes entre variac?o?es da este?tica do rui?do, que esgarc?am a forma-canc?a?o, e variac?o?es de uma este?tica da palavra, que mante?m a forma canc?a?o como horizonte da criac?a?o, criando uma mu?sica de inven- c?a?o, de ponta, ancorada numa refinada poe?tica da canc?a?o, que faz jus a? excele?ncia da tradic?a?o do nosso cancioneiro e da? um passo ale?m. E? por conta disso que os seus artistas conseguem ser mais contempora?neos que a maior parte dos seus contempora?neos.
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