Coleção Nomadismos (Argentina)
A Coleção Nomadismos, coordenada por Renato Rezende, Teresa Arijón e Bárbara Belloc, tem como objetivo publicar textos inéditos no Brasil de importantes pensadores contemporâneos latino-americanos. A coleção conta com a parceria da editora Azougue no caso dos livros argentinos, e da editora Manantial, de Buenos Aires, que publica na Argentina o espelho da coleção com ensaios de artistas brasileiros.
Cores cobras pincés cães — Eduardo Stupía (trad. Renato Rezende e Claudia Dias Sampaio)
Duchamp, o capitão Nemo e eu — Alfredo Prior (trad. Renato Rezende e Juliana Gontijo)
Fala, poesia — Tamara Kamenszain (trad. Renato Rezende, Ariadne Costa e Ana Isabel Borges)
Notas, disparos, sublinhados — María Moreno (trad. Renato Rezende e Amanda Orlando)
Fornicar e matar e outros ensaios — Laura Klein (trad. Renato Rezende, Ieda Magri e Mariana Teixeira)
A pequena voz do mundo — Diana Bellessi (trad. Renato Rezende e Amanda Orlando)
Suturas. Um breviário — Daniel Link (trad. Renato Rezende e Marcelo Reis de Mello)
Amazonia e Cia — Rafael Cippolini (trad. Renato Rezende e Juliana Gontijo)
O homem mais portátil do mundo Arturo Carrera (trad. Renato Rezende e Marcelo Reis de Mello)
Intervenções críticas — Josefina Ludmer (trad. Renato Rezende e Ariadne Costa)
O fantasma de um nome — Jorge Monteleone (trad. Mariana Teixeira)
O fantasma de um nome (poesia, imaginário, vida) – Jorge Monteleone
Nascido em 1957 em um subúrbio borgiano de Buenos Aires, Jorge Monteleone é um dos críticos e teóricos literários latino-americanos mais sutis e eruditos de nosso tempo. Sua conhecida dedicação à literatura argentina e latino-americana dos séculos XIX, XX e XXI – com amorosa insistência na poesia – não é, no entanto, excludente. Leitor incansável […]
Cores cobras pincéis cães – Eduardo Stupía
Sou um leitor irregular, lacunar, inconstante e selvagem. Irregular, porque a alterna?ncia entre materiais nobres e na?o ta?o nobres, altos e baixos, beira a promiscuidade. Lacunar pelos pavorosos buracos que poderiam surgir na lista histo?rica de minhas leituras, era so? algue?m ter o trabalho de reve?-la segundo o preceptivo dos livros transcendentais que devem ser […]
Fornicar e matar e outros ensaios – Laura Klein
A mulher e? um ventre. As ideias de que a esse?ncia da mulher e? o u?tero e que a mulher esta? a seu servic?o, que o u?tero e? um animal vivo dentro de outro, que o Todo-poderoso construiu primeiro o u?tero e depois fez a mulher ao seu redor, nascem com o patriarcado mesmo e […]
Suturas. Um Breviário – Daniel Link
Se existe uma literatura pop, essa literatura atravessa, como se à deriva, todas as categorias da subjetividade e inclusive categorias como a category e a literary fiction: uma literatura que é completamente estranha (ou melhor: que finge sê-lo) à competição entre arte e cultura, à guerra entre mercado e museu (ou universidade), aos processos de […]
Fala, Poesia – Tamara Kamenszain
Não é que mudem os nomes dos poetas que você lê, esses são sempre os mesmos. O que vai mudando é o modo de lê-los, acho que isso é que é, para mim, escrever crítica, um registro de leituras. Voltar sempre a essa família de escritores que leio cada vez de uma maneira diferente, esse […]
Amazônia & Co. – Rafael Cippolini
Com transe, não me refiro – não apenas – à consciência alterada, a este estado psicológico em que a experiência modifica a percepção e a noção de contexto. Me refiro, mais exatamente, ao trânsito, verbal e conceptual, de distintos estados de ficção nos quais nos encontramos submersos. É minha postura: não creio que esteja me […]
A Pequena Voz do Mundo – Diana Bellessi
A experiência da poesia é nosso direito, não apenas no início de nossas vidas, mas também ao longo de todas as nossas existências. Uma experiência regeneradora da linguagem e da subjetividade de cada ser humano. Assim, uma educação autoritária, que marca a primazia do significado funcional mais que o sentido, ou uma indústria cultural e […]
Notas, disparos, sublinhados – María Moreno
“Não me recordo da época em que não lia. Deve ser porque as recordações misteriosas, reinvitadas vez ou outra enquanto se arrastam pelas décadas, e os relatos interessados (sedutores, vitimizadores, patéticos) costumam a abrir caminho pela amnésia dos primeiros anos antes de aprendermos a ler. Quantas vezes contei que minha mãe, pouco depois que comecei […]
O capitão Nemo e eu – Alfredo Prior
“Apenas quem viveu em idílio constante com a beleza, morrerá em seus braços. Os últimos instantes dos grandes mestres são, normalmente, tão harmoniosos e extasiantes como foi o resto de suas vidas. O cuida- do em estar sempre em consonância com a poesia do Universo faz com que estejam todo momento a ponto de entrar […]
O homem mais portátil do mundo – Arturo Carrera
“O assombro, a via das sensações que anulam o homem para que seja unicamente essa voz cha- mada “criança”. Criança para atravessar os afetos, os preceitos e as sensações. Não escrevemos, atra- vessamos as cores, os sons, um ritmo, as formas. Escuto um poema que me espera como a uma voz, essa voz que muda […]
Intervenções críticas – Josefina Ludmer
“Imaginemos o seguinte. Muitas escrituras do presente atravessam a fronteira da literatura (os parâmetros que definem o que é literatura) e ficam fora e dentro, em uma posição diaspórica: fora, mas presas em seu interior. Como se estivessem “em êxodo”. Continuam aparecendo como literatura e têm o formato livro (são vendidas em livrarias e pela […]