As ruínas de junho – Daniel Souza
Daniel Souza, no começo deste livro, apresenta uma pergunta importante: “Há algo de junho que ainda nos favorece a agir politicamente?”. Com uma resposta, o próprio autor nos diz: “Junho permanece como um campo aberto. Um marco de uma série de convulsões sociais e políticas que, em disputas, acabaram reconfigurando e ressignificando os espaços institucionais de uma democracia liberal”. A sua interpretação se coloca para além dos esquemas prático-teóricos que encaixam 2013 como a “grande esperança de reorganização das esquerdas” ou como um “movimento capturado pela direita e por grupos antidemocráticos”. Nesta obra, veremos que os “estilhaços” destes movimentos seguiram gravitando na arena política brasileira.
Renato Rezende