Arte e modernidade alemãs – Sheila Cabo Gerardo
O texto aqui publicado foi desenvolvido como estudo para ser apresentado ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense, sob a orientação do professor Leandro Konder. Tendo defendido a dissertação de mestrado sobre o artista brasileiro de ascendência suíço-alemã Oswaldo Goeldi, vinha estudando a presença da cultura germânica no modernismo brasileiro, que estava na base da xilogravura de Goeldi entre 1920 e 1950. A escrita desse estudo foi excelente oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre a modernidade alemã, mas, sobretudo, de alargar os estudos teóricos em história, filosofia e pensamento estético do início do século XX na Alemanha, assim como seus desdobramentos no tempo e nas culturas ocidentais contemporâneas. Ao tomar conhecimento do livro publicado em 2021 O que vem depois da farsa, de Hal Foster, em que o teórico – que havia pesquisado e publicado estudos sobre o expressionismo e o neoexpressionismo – faz uma reflexão sobre a contemporaneidade, que poderíamos considerar fundamental para entender as relações entre a arte, a filosofia e a história, sobretudo no momento histórico marcado pela pergunta sobre a utopia, que nos alcança hoje mais do que nunca. Não há dúvidas de que os questionamentos teórico-históricos, assim como as leituras críticas das obras dos artistas abordados, são hoje fundamentais para o entendimento da arte contemporânea.